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sábado, 21 de janeiro de 2017

20.1



seu olhar se perde entre tantas telas. tudo é frágil quando é possível mergulhar ali. os gestos estão postos sobre um tabuleiro cheio de névoas. as frases se amarram de maneira subentendida, como um puro fingimento, talvez um quê de sintonia. é como àquela mentira que cabe no caminho da liberdade. cada vez que você traga seu cigarro, você morre um pouco, e, ironicamente você vive mais. tudo evapora, a nicotina, o compromisso, a rotina, o menino, a menina. é possível que este seja o charme - ninguém pode lhe ter por inteiro. isso não está permitido. são as regras desse jogo intenso que você sabe jogar muito bem. vez ou outra os passos se cruzam. muitos rostos, muitas vozes, muitos abraços. e o seu olhar é vastidão.

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