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terça-feira, 14 de maio de 2013

A MOÇA QUE DANÇAVA E SORRIA







Não sei se era o balanço, o instrumento ou sorriso, o que mais prendia o olhar do povo. Ela mexia com a independência de quem não precisa pedir pra fazer. Girando pelas ruas do velho bairro ela arrastava seu molejo como um desenho riscado no chão. Temperava o batuque com um quê de euforia. Na dúvida, fico com o sorriso. Dava inveja ao próprio samba que dançava por que ela não tinha nota, era notada. Me fez gravar o seu gingado em imagem e querer àquela liberdade como amuleto.



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