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sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

ATÉ QUANDO?

A gente cresce aprendendo a respeitar os outros, obedecer aos mais velhos, cuidar bem dos mais novos, cumprimentar sempre que chegar, pedir licença ao passar, por favor ao pedir, agradecer sempre, elogiar em público e criticar em particular.
 
Valores que vão moldando nossa relação com o externo. Educação de casa vai à praça, é o tipo de frase que a gente sempre ouviu. E você sabe tanto quanto eu que isso faz todo o sentido.
 
De maneira alguma isso tudo é ruim. São atitudes que a gente aprende e vai usando em diversas situações. Quando você começa a se entender por gente vai percebendo que a vida tem outras dinâmicas. Nem sempre dá para ser gentil e algumas coisas só acontecem quando a gente se impõe.
 
O mundo nos aprisiona numa dicotomia entre o certo e o errado. E às vezes a gente pensa que só existem essas alternativas. A vida tem outras demandas. E grande parte delas está para além desse sistema. Pare e pense, quem você é hoje? Quantas decisões você teve que tomar que foram de encontro à maioria?
 
Existe uma linha bem tênue entre realizar a vontade dos outros e fazer a própria vontade. Nossos pais, por exemplo, almejam em nós o sucesso das oportunidades que não tiveram, prospectam em nós as decisões que eles tomariam e mais, não admitem que possamos optar por caminhos diferentes.
 
É fácil nadar contra a maré? Não, meu amigo, não é! Mas temos que escrever na vida as nossas verdades. Não existe fórmula pronta, mas você só faz isso com muita coragem e acreditando naquilo que te move. O tempo é o grande senhor de tudo.
 
Até onde você deve deixar de fazer o que gosta para satisfazer o bem-estar dos outros? Até quando deixar de fazer suas escolhas com medo do que vão falar a respeito? Por que deixar de amar quando essa escolha não agrada totalmente seus familiares? Por que os outros vêm sempre em primeiro lugar? Por que evitar o inevitável? Por que deixar passar? A pior traição é trair a si mesmo. Pense nisso. A vida é sua.

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