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quarta-feira, 13 de abril de 2016

ARRANCAR

Quero arrancar do meu peito toda forma de amor
Quero arrancar cada esperança que se traduz nos
momentos em que estou sozinho.

Eu quero arrancar de mim todo o amor para que ele não se acabe,
para que eu não sinta essa agonia de quando ele se vai,
quando o amor muda de nome, de gestos,
e quando o amor já não tem mais a cara daquela
pessoa que dorme comigo.

Eu quero arrancar de mim todo o amor
e tudo aquilo que se parece com sentimento,
tudo aquilo que faz com que eu só me sinta feliz
se estiver ao lado daquela outra pessoa.

Eu quero arrancar de mim todo tipo de amor
que me faz escrever versos, escrever músicas,
brincar com canções, com palavras,
e a ver profundidade em coisas sem sentido.

Por que toda vez que o amor acontece,
seja da maneira correta,
ou de um jeito inesperado,
eu me perco.

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