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quinta-feira, 16 de junho de 2016

DESPERTADOR



Todo dia o meu despertador toca três vezes para que eu me dê conta que preciso levantar. Às 8h o primeiro susto, 10 minutos depois eu já estou mais consciente do esforço de deixar a cama, as 8h20 eu não posso mais fugir — é hora de levantar.

Tem coisas que a gente não entende de primeira. Não se desiste assim tão rápido de uma coisa que se deseja. Abrir mão é assumir a covardia de insistir. A teimosia ajuda e atrapalha na mesma proporção perigosa.

Você sabe que não deve insistir naquela história sem pé nem cabeça, mas ainda sim, insiste. Sabe que não deve dar confiar depois de tantas decepções, mas ainda dá. Sabe que está cansado de esperar que o outro tome a decisão de ficar com você, mas ainda espera.

A gente gosta de acreditar na capacidade de aguentar qualquer coisa. Mas, na verdade, não aguenta. E precisamos reconhecer isso, por que no momento que a gente insiste naquilo que não devia vamos morrendo por dentro, vamos nos afogando nas próprias concessões. E no fim de tudo, o pior é descobrir que isso não aconteceu silenciosamente.


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