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domingo, 28 de agosto de 2016

SPAM



Abri minha caixa de e-mails. 42 recebidos na pasta de spam. Ninguém confere a caixa de spam por que a maioria dos provedores já disponibiliza o descarte automático e periódico desses e-mails. Mas eu fui lá, bateu curiosidade.

Um e-mail de um site de compras coletivas me sugerindo uma viagem para Maragogi-AL e em Porto de Galinhas-PE, cairia bem demais. Outro e-mail sugerindo fazer um plano de saúde, isso preciso. Próximo e-mail tinha o título “Estimulante natural, aumente sua fertilidade’’ - alguma indireta? Próximo: “Satisfazer a parceira é o segredo’’, próximo: “Surpreenda sua parceira na cama” - ok ok, parou.

Um dos e-mails oferecia um curso de inglês, e outros tantos de seguro de vida novamente. A depender da minha caixa de spam eu preciso viajar, falar inglês, praticar sexo e ter um seguro de vida. Interessante esse roteiro.

Mas existe algum sentido a ser reciclado na minha lixeira virtual? Acredito que não. Ninguém filtra o que vai pro lixo, no máximo a gente separa o que pode ser reciclado e guardar nas lixeiras coloridas.

Conversas que ouvimos nos ônibus, mensagens que chegam na janela errada do aplicativo, bilhetes esquecidos em livros velhos, amores que chegam por acaso e não nascem. É sempre uma surpresa lidar com aquilo que não é pra gente, mas chega na hora ou do jeito errado.

Descartar é muito simples. Limpamos a caixa de e-mail, excluímos números da agenda, bloqueamos pessoas nas redes sociais, mas dentro da saudade cabe lembranças que nem o melhor processador do Google dá conta.

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